segunda-feira, 27 de abril de 2009

Trabalho acadêmico

Associação dos cegos de Juiz de Fora.
Este comercial é de minha autoria. Apesar de não ter sido veiculado, o cliente é real.

A Retórica

É meus caros. O que seria de nós sem a retórica. É por esse motivo que dedico uma postagem inteiramente a ela.

A retórica é a técnica (ou a arte, como preferem alguns) de convencer o interlocutor através da oratória ou outros meios de comunicação. Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é verbal, mas há também o discurso escrito e o discurso visual.
A oratória é um dos meios pelos quais se manifesta a retórica, mas não o único. Pois, certamente, pode-se afirmar que há retórica na música ("Para não dizer que não falei da Flores", de Geraldo Vandré: retórica musical contra a ditadura), na pintura (O quadro "Guernica", de Picasso: retórica contra o fascismo e a guerra) e, obviamente, na publicidade. Logo, a retórica, enquanto método de persuasão, pode se manifestar por todo e qualquer meio de comunicação.

Na publicidade:

A retórica é elemento importantíssimo na linguagem publicitária. Quem produz publicidade deve saber aplicá-la com cautela, tanto para atingir o público (o receptor da mensagem) como para não exceder seus limites de manipulação de idéias. E, na análise dessa linguagem, não podemos de forma alguma ignorar ou negligenciar a retórica, e sim identificar seus principais artifícios e usos, para decodificar o signo sem interferências e melhor empregá-la nos nossos próprios discursos, com ética e moderação.

Contraponto:

A retórica para Aristóteles de certa forma herdeira daquela de Socrates procura fazer o interlocutor convencer-se de que o emissor está correto, através de seu próprio raciocínio. Retórica não visa distinguir o que é verdadeiro ou certo mas sim fazer com que o próprio receptor da mensagem chegue sozinho à conclusão de que a idéia implícita no discurso representa o verdadeiro ou o certo. Ainda segundo Aristóteles a retórica tem algo de ciência, é como se existisse um corpo com determinado objeto e um método verificativo dos passos para se produzir a persuasão. Sendo assim a retórica não assumiria atitude ética, cabe a ela verificar quais os mecanismos utilizados para se fazer algo ganhar a dimensão de verdade.

Segundo o mestre :

“Assentemos que a retórica é a faculdade de ver teoricamente o que, em cada caso, pode ser capaz de gerar a persuasão. Nenhuma outra arte possui essa função, porque as demais artes têm, sobre o objeto que lhes é próprio, a possibilidade de instruir e de persuadir....”
Interpretando o mestre:
Podemos entender que a retórica não é persuasão, pois ela tem um “Q” de ciência, ela revela, no entanto, com se faz a persuasão; a retórica é analítica afinal cada caso é um caso, ou seja, é preciso descobrir o que é próprio do objeto e/ou fato em questão para persuadir; ela ainda pode ser aplicada a todas as formas discursivas.
O esquema textual de Aristóteles:
A maneira como aprendemos a escrever, o modo como muitos livros didáticos de redação ensinam a criança os procedimentos a serem utilizados para a confecção de textos, ainda seguem muito de perto a estrutura sugerida por Aristóteles na Arte retórica.
1- Exórdio: é o começo do discurso. Pode ser uma indicação do assunto; é uma introdução que visa assegurar a fidelidade dos ouvintes
2- Narração: é para Aristóteles a justa medida que consiste em dizer tudo quanto ilustra o assunto; é a argumentação.
3- Provas: consiste em comprovar aquilo que se está dizendo. Estas serão os elementos sustentadores da argumentação.
4- Peroração: Está aqui a ultima oportunidade para se assegurar a fidelidade do receptor recapitulando informações importantes.
Como se pode ver, Aristóteles estava a moda de um cirurgião, “operando” o discurso no intuito de entender o seu funcionamento. Ele apenas analisou os discursos de seu tempo, verificou a existência de certos elementos estruturais, comuns a todos eles, e a partir de então indicou a função e o espaço a serem ocupados pelos estudos retóricos.
Os três tipos de retórica segundo Aristóteles:
q Deliberativa: a dimensão temporal é o futuro
q Epidíctica: Esta está dirigida a censura ou ao aplauso; a dimensão temporal é presente.
q Judiciária: A dimensão temporal é o passado.
As provas utilizadas no discurso se dividiam em “técnicas” e “não tecnicas”. Entre as provas de natureza “não técnica” Aristóteles cita os testemunhos, as confissões feitas sob tortura, os documentos escritos , etc.
Na minha opinião a retórica deve ser e sempre será utilizada e trabalhada no planejamento de um anúncio publicitário, esta deve ser apresentada e previamente discutida; analisada, para condizer com a idéia e o produto anunciados. Também deve adequar-se ao canal (dependendo se é um anúncio de TV ou de mídia impressa, ou OUTDOOR diferentes figuras podem ser aplicadas, ou não) e é justamente manipulando a relação entre canal e mensagem que a retórica trabalha.


Paródia do poema de Gonçalves Dias !


Minha terra tem políticos
onde a retórica os salvará!
Os políticos que aqui a utilizam
Não são punidos como lá.

domingo, 26 de abril de 2009

Aqui sua opinião é importante

Comunicação empresarial: O fluxo comunicativo e suas implicações.

Dentro de uma empresa existem os seguintes fluxos comunicativos: o fluxo descendente onde todas as decisões partem do mais alto nível hierárquico da organização; o fluxo ascendente onde os funcionários possuem um canal de comunicação eficiente com seus superiores existindo assim melhores chances de codificação e decodificação da mensagem de modo que se torne menos provável os desvios de interpretação e o fluxo lateral que compreende a comunicação horizontal que ocorre entre funcionários do mesmo nível ou função dentro do organograma empresarial. Nessa relação patrão – empregado temos o emissor ( patrão ) e o receptor ( subordinado ). Conforme o organograma da empresa a mesma pode priorizar um fluxo descendente das informações em detrimento do fluxo ascendente, ou ainda para Gaudêncio Torquato do Rego:
A grande quantidade de comunicação instrumental, no fluxo descendente, inibe e bloqueia os caudais da comunicação expressiva, que, por falta de vasão para subirem até o topo, correm lateralmente, criando redes informais de comunicação.
Seja por falta de vasão devido ao excesso de comunicação em descendência ou pelo fato da empresa propositalmente não permitir uma comunicação ascendente surge a comunicação lateral, também chamada de horizontal onde os funcionários do setor expõem suas idéias, dizem o que pensam, esclarecem duvidas, etc. Se ,então, surgem questionamentos é porque houve ruídos no fluxo comunicativo. Essa comunicação horizontal é por sinal a responsável pelos focos de tensão dentro da empresa, pelos boatos que surgem sobre determinado assunto repercutindo assim numa imagem negativa para a empresa que até que se prove o contrário é a única culpada pelo fato em questão. Segundo Torquato para se evitar tal situação deve-se integrar o fluxo horizontal e vertical, que constituem as principais fontes de manipulação no sistema organizacional. Para Torquato deve-se levar em conta que no nível intrapessoal as relações no ambiente de trabalho são horizontais e no nível estrutural são verticais, podemos assim partir da premissa que o individuo não consegue ser imparcial nas suas relações de trabalho pois ele sempre tenderá levar em conta a pessoas com que se fala.

sábado, 25 de abril de 2009

Estudo de caso: Vamos falar do ciclo de vida de um produto.

Vocês se lembram sobre a época de crise vivenciada pela Parmalat? Pois é, este é um bom exemplo para falarmos sobre o ciclo de vida de um produto - Os seus altos e baixos.
Sobre o produto:

Os produtos da linha Parmalat vendem a idéia de qualidade e saúde, onde toda mãe quer que seu filho cresça forte e saudável. É isso que a publicidade indiretamente resalta; para que seu filho cresça forte e saudável compre para ele leite Parmalat.

Grupo-alvo:

A comunicação está voltada não somente para crianças em fase de crescimento mas atualmente para todas as pessoas que se preocupam com saúde pois existem as linhas Extra Premium, Dietalat (0% de gordura) e Zymil (de fácil digestão), Fibresse (com fibra funcional) e Physi-CAL (com cálcio extra).

Concorrência:

A parmalat não possui concorrência indireta. Os seus concorrentes diretos são outras marcas de leite que disputam a atenção na pratileira dos mercados por exemplo.

O reposicionamento da Parmalat no mercado:

Depois de enfrentar séria crise financeira, afastar-se da mídia, a Parmalat está de volta com novas estratégias. O foco agora é centrado nos leites premium da marca. Todas as embalagens desses produtos foram trocadas: saem as garrafas de polietileno de alta densidade (PEAD) e entram as embalagens cartonadas assépticas Tetra Prisma Aseptic, com tampas de rosca, da Tetra Pak, e design criado pela agência Africa. A empresa investiu forte na diferenciação, colocando seus produtos numa versão de embalagem asséptica que se destaca na categoria dos leites, onde predominam as caixinhas de formato tipo paralelepípedo. No seu retorno à mídia, a Parmalat resolve trabalhar com os mamíferos novamente devido ao sucesso que fizeram na década de 1990 e agora ressurgem como “Mamíferos Crescidos”. Nesse reposicionamento da marca temos novamente a idéia de que o leite faz as crianças crescerem fortes e saudáveis. A nova campanha, mostra os mesmos atores que, crianças, vestiam fantasias de mamíferos e agora tentam colocar suas antigas fantasias, sem conseguir, porque tomaram leite Parmalat e cresceram.

Diferenciação:
Compreende os diferenciais as novas embalgengs conforme citado anteriormente e as diferentes linhas do produto que são Premium, Dietalat (0% de gordura) e Zymil (de fácil digestão), Fibresse (com fibra funcional) e Physi-CAL (com cálcio extra).

Ciclo de vida do produto:

A parmalat teve seu período de introdução no mercado através de publicidade agressiva atingiu um período de crescimento continuo onde em 1990 já era sucesso adquirindo nesse período a sua maturidade e consequentemente sua saturação. A empresa enfrentou séria crise financeira, afastando-se da mídia terminando por ser comprada por um fundo de investimentos. Tinha se iniciado seu declínio. Atualmente a empresa conseguiu se reestruturar e reposicionar-se no mercado introduzindo sua nova linha dos produtos contribuindo assim para o seu crescimento novamente.

Comunicação Empresarial: Prioritário ou secundário?

Este é título do meu artigo cientifico que possui 13 páginas. Para entender melhor segue o resumo:
O presente artigo tem por objetivo demonstrar a importância da comunicação empresarial na construção da identidade visual da organização. Mostrando que as atividades de comunicação, o marketing interno, devem ser aplicados no momento certo. Mas qual seria esse momento? Para essa resposta o artigo propõe a reflexão dos conceitos de identidade visual e imagem apontando as suas diferenças para assim explicar como a organização pode evitar o surgimento de uma imagem negativa, duvidosa ou confusa. Deste modo cabe a publicidade através de suas técnicas transmitir a imagem da empresa para seus funcionários e públicos de interesse.
Já deu pra perceber que existe uma diferença entre Imagem e identidade visual. A imagem de uma empresa pode surgir sem que a organização tenha a menor preocupação com ações de comunicação. A IMAGEM é a percepção natural da sociedade e de seus funcionários sobre a empresa. A IDENTIDADE VISUAL é algo mais sólido, moldalda por ações comunicacionais. No entanto, uma empresa pode ter uma identidade visual confusa e/ou duvidosa na medida que ninguem sabe o que ela faz, apenas sabe que existe. O pior é quando uma empresa tem uma péssima imagem perante a sociedade que surgiu ao longo do tempo.
Como evitar uma imagem negativa? é simples. A comunicação empresarial deve ser prioritário. Ou seja, ela deve ser atuante desde o nascimento da empresa. Deste modo cria-se as condições necessárias para o surgimento de uma identidade visual positiva na medida que a organização seleciona as imagens que deseja transmitir.
Nos dias de hoje podemos considerar comum e corriqueiro as empresas que investem em comunicação pois o grande dilema é o seguinte: Como aumentar o lucro e a produtividade com o menor custo possível? Entra em ação as técnicas utilizadas para incentivar, motivar e reconhecer o trabalho dos funcionários. Contudo há de se tomar cuidado para que não se crie uma via de mão dupla, afinal a comunicação organizacional dentro das subdivisões: verbal e não-verbal pode se deparar com os ruídos comuns a esse processo.

Mensagem inicial

" O que faz a gente ser grande é não perder o fututo de vista. É chegar a um porto, e fincar a bandeira da conquista e nesse mesmo instante começar a procurar outros portos. É criar desafios, calcular riscos, avançando sempre. Porque a grande aventura da vida é viver. E a vida, assim como as ondas, tem um jeito diferente de se repetir. De prometer descobertas e abrigar todos os tipos de sonhos e embarcações. O que faz a gente ser grande é ser como o mar: incansável na sua procura pela onda perfeita. Até descobrir que a perfeição está na própria busca." (Autor desconhecido)